Esta coluna foi baseada em fatos reais e seus personagens podem estar muito próximos de você.
Dirigir de forma agressiva, dando arrancadas e freadas bruscas pode satisfazer a adrenalina de muitos motoristas, mas além de deixar os ocupantes enjoados e colocar todos em risco, diminui a vida útil de muitas peças do carro.
Imagine-se pegando uma televisão de 100 kg no colo, saia correndo e pare repentinamente. Saia correndo novamente e pare bruscamente. Repita este procedimento por 30 minutos. Eu sei que você não fará isso, mas tenho certeza que imaginou a dor nas mãos, pernas e costas.
Para os motoristas apressados podemos fazer a analogia: a televisão é o motor do carro, suas mãos são os coxins que sustentam o motor, suas pernas são os amortecedores e suas costas são a suspensão.
No exemplo, fica fácil de imaginar que, quando você para bruscamente, o aparelho de televisão tende a sair de suas mãos. É o que ocorre com o motor, se você frear ou arrancar bruscamente, a probabilidade de quebrar um coxim é grande, por isto, em certos tipos de acidentes, o motor é arremessado para fora do carro.
Disco pastilhas de freioMas não é só o coxim que sofre. Os amortecedores ficam sobrecarregados, as buchas de bandeja e da barra estabilizadora também, enquanto pastilhas e discos de freio se desgastam mais rapidamente.
Quem dirige de forma agressiva literalmente joga gasolina fora.
Primeiro, porque em boa parte dos carros, quando se acelera bruscamente, o combustível que entra na câmera de combustão não é totalmente queimado. O outro ponto é que quando pisa no freio você está dissipando parte da energia gerada com a combustão. Definitivamente, acelerar e frear de maneira brusca não é uma boa prática.
A Fórmula 1 não me deixa mentir. Os pneus vão embora mais cedo quando você acelera e freia mais. Já a embreagem, que transfere potência e torque do motor para o câmbio, é outro conjunto que tem a vida útil reduzida drasticamente.
Além disso, quando você soca o pé no acelerador, a probabilidade de conseguir escapar de um buraco é menor. Para encerrar, essas arrancadas e retomadas nervosas são um prato cheio para quebrar da correia dentada, principalmente se ela estiver com a quilometragem vencida.
Se você conhece um motorista “pé de chumbo”, compartilhe este puxão de orelha. Até a próxima!