Depois de passarem por um período de muito “abre e fecha” por conta das restrições de circulação das pessoas para evitar a disseminação da pandemia da covi-19, as autoescolas de Minas Gerais estão observando, só agora, a normalização da demanda de pessoas querendo obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No entanto, por conta da economia brasileira, os valores para retirar habilitação devem ficar mais caras.
Para 2022, os proprietários de autoescola estão preocupados com a economia brasileira, que irá refletir no valor dos pacotes para tirar a CNH em Minas Gerais. É o que explica o presidente do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores de Minas Gerais, Alessandro Dias.
“Pelo menos na questão do IPVA, possivelmente a gente não vai ter esse impacto, se de fato o projeto que aprovado na Assembleia, foi sancionado pelo governador, mas em contrapartida a gente tem os reajustes recorrentes do combustível, que já se soma aí mais 50% de um ano para outro. A gente tem os aumentos recorrentes do valor dos veículos. Todos os meses a tabela dos veículos vem aumentando, e a troca que é obrigatória para empresas passa por essa dificuldade, o que acaba impactando no custo. Além disso, a gente tem um reajuste importante, que é o das taxas dos serviços”, argumentou.
Pandemia afetou autoescolas
Uma das restrições durante a pandemia da covid-19, ficou por conta da impossibilidade de realizar aulas práticas durante o momento mais duro da pandemia, o que alterou e bastante a prestação do serviço nos Centros de Formação de Condutores (CFC) no Estado.
Alessandro Dias, diz que, apesar da recuperação, ainda não dá pra dizer que os números voltaram ao nível pré-pandemia. “O Centro de Informação de Condutores, as conhecidas autoescolas, desde o início da pandemia em 2020, vêm sofrendo profundamente com os impactos da mesma. Em função da do início não se poder exercer nenhum tipo de atividade que não seja no modelo presencial o impacto foi muito maior do que se esperava”.
Ele explicou também como a demanda foi voltando. “Ao longo do ano é que as coisas foram criando novos cenários e a gente conseguiu prestar parte do serviço de forma remota, com o curso teórico podendo acontecer à distância. Mas, ainda assim, a gente teve grandes prejuízos em função da não possibilidade de ministrar aulas práticas em vários momentos de 2020, quanto também em alguns momentos de 2021”.
Questionado se as autoescolas conseguiram voltar ao nível antes da pandemia, Alessandro Dias fala que melhorou, mas que ainda não chegou ao melhor momento. “Falar que a gente já está num nível pré-pandemia ainda é um pouco cedo, mas no último semestre de 2021 a gente tem percebido uma relativa normalização da de serviço comparando com 2019, ano que a gente teve aí uma prestação de serviço com reduções, comparando com períodos anteriores, mas era o ano o último ano aí que a gente tinha uma relativa normalidade”.
Categorias mais procuradas
Alessandro Dias fala sobre as categorias que estão sendo mais procuradas nas autoescolas. “A principal é a categoria B, a de automóvel, e em segundo lugar a A, que é a de moto. O mais comum é que as pessoas primeiro se habilitem na categoria B, e depois façam a adição de categoria, que é incluir a categoria A”.
Ele ainda explicou como funciona a procura para as demais categorias da CNH. “As categorias profissionais C, D e E, elas têm uma relativa normalidade na procura pela prestação de serviço. Há algumas variações em determinados momentos do ano, mas isso está mais ligado ao mercado de trabalho. A peculiaridades, como a obrigação do exame toxicológico, mas a gente não tem aí uma categoria que houve uma migração em números absolutos em função da pandemia”, explicou.
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Por Da Redação, 28/12/2021 às 12:39
atualizado em: 28/12/2021 às 14:38