A convite do Denatran, o presidente do Siprocfc-MG, Alessandro Dias, participou, nesta terça-feira (03/12/19), em Brasília, do I Seminário de Segurança Viária “Vida sobre duas rodas”, que teve como objetivo gerar debates para conscientizar os participantes sobre a importância e a relevância da Segurança Viária e produzir um documento com diretrizes para a melhoria do trânsito em relação aos motociclistas.
As discussões giraram em torno de cinco eixos: Engenharia, Esforço Legal, Educação, Fiscalização e Atendimento Pós-Acidente, que foram tratados como ferramenta de mudança, prevenção e inovação para reproduzir boas práticas e inspirar melhorias no trânsito e para que todos sejam multiplicadores das ideias discutidas durante o evento, sendo agentes ativos para colaborar com a redução do número de motociclistas mortos e feridos. Cada grupo era composto por especialistas e representantes de vários setores.
Segundo o presidente do Siprocfc-MG, Alessandro Dias, que compôs o grupo de trabalho “Engenharia”, no primeiro dia foram discutidos pontos relevantes e sugestões de curto e médio prazos, que podem ser adotados com o objetivo de reduzir os índices de acidentes envolvendo motociclistas. No segundo dia, após definir as prioridades de cada grupo, foram apresentadas as propostas de cada eixo para o secretário Nacional de Transporte Terrestre e para o diretor do Denatran. “Foram propostas medidas como a regulamentação da vestimenta, que até hoje não existe”, exemplificou o presidente. “Um dado que chamou muito a atenção, e que vem sendo usado para as discussões, foi o alto número de pessoas inabilitadas que conduzem os veículos de duas rodas no país. Outra curiosidade negativa é sobre o uso do capacete: segundos dados apresentados, 96% dos motociclistas de Belo Horizonte usam o equipamento, mas somente 50% dos motociclistas seguem a regra em cidades do Norte do país. Esta é uma grande preocupação”, completou.
No fanpage do Siprocfc-MG no Facebook, o presidente Alessandro publicou, ao vivo, um trecho da apresentação do eixo “Educação”, que para ele foi um ponto de destaque no evento (clique aqui para assistir!). “Nessa apresentação foi dado destaque ao descumprimento de o exame ser realizado em via pública em todo o Brasil, sendo essa uma das medidas que pode melhorar a formação do motociclista. Outro ponto foi o destaque, de forma unânime, da necessidade urgente de novas regras para esta formação, que tem a base da Resolução 726 como o melhor caminho, até pelo amplo estudo e discussão realizado até a sua publicação. Ficou claro que teremos uma mudança na formação de categoria A”, analisou Alessandro.
Ao final do evento, o diretor do Denatran, Jerry Adriane Dias Rodrigues, fez um resumo de todo o trabalho e elogiou o modelo de discussão, bem como deixou claro que muitas das propostas podem ser colocadas em prática a curto prazo, e que somente uma ação conjunta de todos pode mudar o triste cenário do trânsito atualmente. “Devemos atacar na educação e mudança de comportamento, bem como melhorar a fiscalização. Para os CFCs, não tivemos nenhum sentimento de risco a nossa atividade, que é de alta relevância, mas que é preciso mudanças na formação prática, levando o aluno para a via pública, mas sem deixar de usar a etapa inicial, que seria a manutenção da formação nas pistas fechadas”, concluiu o presidente Alessandro Dias.
Metas do Seminário
Basicamente cinco metas foram propostas para este evento: proposição de ações de aplicação de curto e médio prazo, considerando a importância da Segurança Viária, na tentativa de reduzir o número de acidentes e mortes envolvendo motocicletas; estabelecimento de proposta de medidas para que se permita repensar as ações e atitudes enquanto ente constitutivo do trânsito, buscando a melhoria da infraestrutura e do comportamento em relação ao trânsito, no tocante ao motociclista e sua relação com os demais componentes do trânsito; apontamento dos aspectos relevantes das ações relacionadas aos eixos temáticos, considerando motociclistas como entes vulneráveis no trânsito; avaliação e proposição de medidas a serem adotadas para a melhoria dos serviços e preservação da vida, por intermédio de ações concretas relacionadas ao motociclista; produção de documento (Carta de Intenções) com ações para a melhoria do trânsito em relação aos motociclistas.