Se nos últimos anos a fiscalização nas ruas já tinha se intensificado com a Lei Seca, que completou 10 anos em 2018, os motoristas infratores deverão ter mais um motivo para se preocupar no atual governo de Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao jornal O Globo, o chefe da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Luiz Roberto Beggiora, afirmou que além de autuar os condutores que consumiram bebida alcoólica, a fiscalização também fará testes para detectar o uso de drogas.
Além dos etilômetros, que detectam o uso de álcool, já popularizados nas blitzes de trânsito como bafômetros, a ideia é implantar os drogômetros, capazes de identificar se o condutor utilizou maconha, cocaína, ecstasy e outros entorpecentes. Quatro aparelhos com tecnologia estrangeira estão sendo considerados em estudo, explicou.
Os aparelhos analisam uma amostra de saliva para acusar a presença de entorpecentes, detectando o uso recente de alguma substância ilícita. Esse tipo de fiscalização já é feito em países como Estados Unidos, França e Itália.
Ainda segundo a reportagem, o governo estuda uma alteração na legislação para determinar níveis de dosagem e penalidades aplicáveis, mas ainda não há prazos para a implantação do drogômetro.
No Código de Trânsito Brasileiro atual, dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência é considerado infração gravíssima, com multa de R$ 2.934,70, sete pontos na CNH, apreensão do veículo, suspensão do direito de dirigir e até prisão.
Por Thais Villaça access_time 9 fev 2019, 09h00
Foto (legenda): Além de passarem pelo bafômetro, motoristas poderão ser testados para o uso de drogas (Reprodução/Internet)