O Siprocfc-MG realizou, nesta terça-feira (1º/09/20), uma reunião virtual pelo Zoom, com transmissão pelo canal do Youtube, para discutir sobre o CFC como negócio e as importantes mudanças previstas para o setor, entre elas a modernização do processo de habilitação anunciadas pelo Detran-MG, como o a implantação do sistema eletrônico de videomonitoramento e todas as questões que envolvem as aulas remotas, como as plataformas e os requisitos operacionais.
O presidente do Siprocfc-MG, Alessandro Dias, abriu a discussão com uma apresentação intitulada “Qual futuro vamos desenvolver para nosso setor?”, que lembrou que o videocassete já fez parte da realidade do CFC, assim como a emissão da CNH por meio de máquina de escrever. Além de falar da evolução da tecnologia, Alessandro falou sobre a importância e da capilaridade da atuação do Sindicato, desde a realização do café da manhã, ano passado, na Câmara dos Deputados, em Brasília, que contou com participação de mais de 100 parlamentares, até reuniões importantes, como a que ocorreu com o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, “que entendeu que o CFC não é o problema, que somos cumpridores de regras.”
“Tínhamos uma grande expectativa para este ano, mas com a pandemia todo o cenário mudou”, declarou Alessandro, que usou o exemplo do Mercado Livre, plataforma de vendas, que já se atualizou frente à demanda que o momento atual exige. “O que esperávamos para daqui cinco, dez anos, foi encurtado para seis meses, um ano. Precisamos nos adaptar. Se não buscarmos o avanço, poderemos ser engolidos. Carros automáticos, tecnologias avançando. Precisamos acompanhar a evolução”, disse ao apresentar os principais objetivos do negócio autoescola, que fazem parte do planejamento estratégico elaborado pela Feneauto e pelos sindicatos patronais de CFCs do Brasil, tendo Alessandro como representante dos Estados na contribuição da parte pedagógica.
O vice-presidente do Siprocfc-MG, José Mário Rodrigues, comentou sobre o momento de convergência e o quanto os CFCs precisam estar atentos ao momento do pós pandemia. “Estamos sendo levados a trabalhar dentro de um liberalismo. Precisamos pensar na estrutura do CFC. Nosso papel como empresários é pensar no negócio, é nos fortalecer, nos blindar e mostrar para quem quer que seja que temos um papel muito importante na economia do Estado”, disse.
Com mais de duas horas de duração, o encontro também contou com a discussão sobre diversos assuntos, entre elas o início das conversas, que precisam ser mais aprofundadas por meio de consulta ou pesquisa mais ampla, sobre qual o modelo ideal para formação do condutor e qual o modelo ideal para avaliação. “Qual seria o modelo adequado? O problema está na carga horária ou no modelo de formação e de avaliação? Qual ideia vamos levar para o Governo Federal para formação do condutor?”, questionou Alessandro. O Denatran quer essas respostas do setor e os empresários precisam ser protagonistas nessa decisão.
Sobre as aulas remotas, neste momento, fazem parte da realidade e são uma necessidade devido à pandemia. Criadas emergencialmente, se não forem implantadas da forma correta podem se tornar parte de um processo que os CFCs estarão perdendo. “É uma revolução tecnológica e os CFCs precisam enxergar o cenário, até porque, se decidirem não implantar, o concorrente pode implantar e o CFC perder alunos. É um dos desafios que teremos nos próximos meses. A Dra. Flavia do Detran-MG informou que nos próximos dias haverá os testes de integração”, revelou Alessandro, que contou sobre como será o processo, online e em tempo real (o que é diferente das aulas EAD, que são gravadas).
Sobre o videomonitoramento, Alessandro explicou sobre o que os CFCs precisam fazer para se adaptarem e que os contratos serão no formato de comodato e não haverá investimento dos CFCs. Como foi estabelecido em Portaria, é uma imposição que as empresas se adaptem.
Ao fim, Alessandro respondeu algumas perguntas enviadas no chat, que estava aberto aos espectadores, e passou a palavra aos participantes da reunião virtual Tarcísio Barbosa, do CFC Ipiranga, e Mauro Melo, do CFC Esmeraldas.
Para finalizar, o Siprocfc-MG se prontificou, a partir da sugestão do participante Claudio, a organizar um curso (que na verdade poderia ser iniciativa do Sindicato dos Profissionais) para ajudar os instrutores a tornar mais eficientes e dinâmicas as aulas remotas.
Veja abaixo a live na íntegra!